23 de janeiro de 2013

Peter Lanzani: "Não me incomoda o rótulo de galã, isso é o que faço"


Ele é o galã que estremece as adolescentes e causa uma verdadeira pertubação aonde quer que vá. Surgiu das asas de Cris Morena e foi através da novela Casi Angeles e a banda Teen Angels que conseguiu se impor como um dos atores mais populares de sua geração. No ano passado surpreendeu com o papel de galã hot em La Dueña, a série com a que Mirtha Legrand voltou a ficção e, no novíssimo 2013, dobrará a aposta protagonizando Aliados (a novela juvenil com a que Cris Morena voltará a produzir televisão) e encabeçando o musical "Camila, nuestra historia de amor", que será dirigida por Fabián Núñez e será estreado em abril.


Em uma conversa com "LA NACION", Juan Pedro ou "Peter" Lanzani, o menino do bairro amante de rugby que veio, quase por acidente, em ator e cantor, repassa seus começos e fala sobre a experiência de trabalhar junto a Cris Morena, sobre sua crescente popularidade e sobre os desafios que depara neste ano.

-Como você chegou na TV?
Faz alguns anos, eu estava jogando futebol na praia com meus amigos e uma senhora veio e me pediu para tirar uma foto minha com uns garotos, como para comparar alturas e idades. Pediu meu número e durante semana falou com meus pais para que fizesse a campanha de uma marca de roupa para crianças. Dissemos que sim. Fiz a primeira campanha, fiz a segunda e a terceira não cabia a roupa [risos]. Uma tarde, em casa, estávamos tomando chá com minha mãe e meu irmãozinho, o telefone toca e dizem a minha mãe: "Ligo do Casting de Cris Morena. Queremos fazer um teste com seu filho".

Primeiro foi Chiquititas, e em seguida Casi Angeles e já começou a representar Cris. A partir daí não parei, graças á Deus.

-Houve um momento em que você se deu conta que não era algo tão acidental e que realmente queria ser ator?
 A idéia sempre me interessou, mas em Casi Angeles encontrei uma vocação. Percebi que gostava muito e que tinha resignado várias coisas por isso. A verdade é que tinha que continuar aprofundando ou desviar e fazer outra coisa. Comecei a me aprofundar mais e prestar mais atenção em outras coisas.

-Sua formação começou com as oficinas de Cris?
Sim, na oficina não pude ir porque levei matérias [risos]. Mas em Chiquititas tivemos um treinador atoral e em Casi ángeles também. Estou formado por ela.

-A medida que aumentaram as responsabilidades em seu trabalho, o esporte em que lugar ficou?
 O esporte ficou, trato de brincar. O rugby é superforte e se eu quebrasse alguma parte  do corpo, depois teria que fazer um show, é meio complicado. Mas trato de jogar futebol ou cada tanto tênis. Eu adoro o esporte. É um hobby que não quero deixar nunca.

-Como você leva com tanta popularidade?
Trato de levar como parte disso. Gosto que as pessoas estejam encima e, além da minha família e meus amigos, os primeiros em me bancar quando tenho que tomar uma decisão importante são os fãs. São os que estão sempre, os que me vêem ver.

-O que é que mais te surpreende dos seus fãs?
Que estejam em todos os lados, ou que, de repente, eu estou fazendo algo e logo twitteam que estou numa nota para LA NACION. São super stalkers. Mas está bom porque eu audiciono para algo e vejo no Twiteer e me dizem: "Vai formar casal com tal" [risos]. Têm tudo em claro.

-Por que te interessou fazer La dueña?

Porque pareceu ser um desafio pessoal muito grande. "Nachito" Viale me propôs, com quem eu me levo incrível e senti que tinha que aceitar para mostrar outra coisa que tinha. Á parte, com esse elenco, senti que tinha que ir como uma esponja e absorver tudo o que podia. Aprendi muito. Fui ter um ano laboral bom e meu objetivo foi mais que cumprido.

-Você ficou com medo do que significaria perder alguns de seus seguidores mais jovens?
Não, porque também meus seguidores cresceram muito. Podiam optar por sim ou não, e a verdade é que optaram por vê-lo. O personagem teve algumas cenas que era muito diferente do que era o personagem de Casi Angeles, mas tinha um lado infantil dentro.

-Ficou nervoso ao trabalhar com Mirtha?
Sim, sempre estava, mas a verdade é que é divina. Comigo sempre se portou muito bem. Vinha com as cenas bem lidas e tinha escrita todas as coisas que queria mudar. Uma divina.

-Agora você voltou a trabalhar com Cris em seu esperado retorno...

Sim, será a volta dela, que é algo muito esperado, com um projeto que ira fazer voar a cabeça de todos.

-Você pode adiantar algo?
Não muito, vai chamar Aliados, e será supermusical. Já tem uma oficina com garotos que cantam e são impressionantes. Concerteza, terá disco e teatro também. É como uma mistura meio rara entre o céu e a terra, mas é só o que posso adiantar.

-Também vai fazer o musical Camila. Tem a ver com a nova direção que você quer tomar em sua carreira?

Não sei se tem a ver com outra direção. Eu terminei de gravar La dueña em junho e continuei a full com canto, tendo aulas duas vezes por semana com um professor que é um fenômeno. E me encontrei com que queria colocar muito as pilhas para melhorar o canto. Começamos com o objetivo de audicionar para comédias musicais. Fiquei em dois: em Camila e em Los locos Addams. Camila eu farei, Addams lamentavelmente não posso, porque o tema de fazer a novela implica fazer teatro nos mesmos horários.

-Em Camila você terá que afrontar um protagônico junto a Natalie Pérez, muito reconhecida no gênero musical...
Será espetacular. Eu estou trabalhando os temas com meu instrutor e vou trabalhá-los com Gerardo Gardelín, que é o diretor musical. Quando fiz a prova com Natalie não podia acreditar que ela cantava. De repente soltou um vozeirão e disse: "Bom, vou ter que colocar as pilhas". Será algo diferente. A história é incrível. É nossa história de amor, é a história de amor argentina. É nosso Romeu e Julieta.

-Geralmente há um certo preconceito com os artistas que surgem da estrutura de uma produtora de grande escala como a de Cris Morena. Te preocupa isso?

Eu acredito que há um estereótipo completamente errado. E você pode falar com qualquer pessoa que tenha trabalhado com Cris Morena que te irão dizer que é impressionante o que faz. Obviamente, como é tal o boom, e há pessoas que pensam: "Esses garotos acreditam que fizeram um filme como Darín e nem chegam aos seus pés". É óbvio que não chego aos pés de Darín, porque faltam anos e anos. O estreótipo sempre está. As pessoas sempre dirão "os garotos mimados". Mas tenho 22 anos e espero ter uma carreira pela frente e se eu tenho que continuar remando, eu continuarei remando. Eu levo o exemplo de alguém de fora que para mim foi super interessante. O menor dos Jonas Brothers faz pouco tempo protagonizou "Los miserables". E foi impressionante. O rapaz foi, se plantou e rompeu. É uma maneira de dizer: "Estou buscando ser um tipo completo". E eu tratei de copiar isso. E logo, passei na audição. Vou tratar de ter um ano forte e de demonstrar que por mais que eu esteja fazendo o programa de Cris Morena, e amo fazê-lo porque é um produto excelente, posso também fazer outras coisas.

-Os Teen Angels tiveram uma longa viajem da que ainda está descendo?
Eu nunca vou descer. Eu uma vez twitei: "Fui, sou e sempre vou ser um Teen Angel". gravamos discos, ganhamos prêmios, fizemos shows. Vimos o que é sentir um fã, como quando eu vou ver minha banda favorita, The Kooks. É um furor impressionante. São experiências que não vamos esquecer nunca.

-São amigos entre vocês?
Sim, totalmente. Tratamos de nos ver uma vez por semana e, se não é possível, uma vez por mês.

-Você gostaria de fazer cinema?
Sim, adoraria. Eu já tive algumas conversar, tenho ido a fazer o casting uma vez. Não deu certo, mas logo dará.

-Em que acredite que você tem que melhorar?
Em tudo. Musicalmente, no canto, sinto que falta muita coisa. E na atuação é questão de soltar o medo e começar a brincar. Tem que seguir aprendendo.

-O que deseja para o futuro?
A nível pessoal, continuar estando tão centrado como estou. Continuar estando com minha família. No caminho, talvez encontrar algum amor. Sou super pró casamento, filhos, tudo. Mas ainda não me ocorreu. Sei que irão começar a vir quilombos, mas quero tratar de seguir encontrando a felicidade e, profissionalmente, seguir crescendo, trabalhando aqui ou no exterior.

-Te incomoda em algum momento o rótulo de galã?
Não, para nada. Está bom. Isso faço. Basicamente atuo e trato de conquistar as pessoas.

-Com os garotos da sua idade você teve algum problema por sua fama e seu trabalho?
De menino, sim. Tinha muitos problemas. Eles não gostavam nada. Me queriam matar, me queriam agarrar a trompadas sempre [risos]. E hoje em dia acontece que com os que sempre tinha implicâncias, tenho a melhor onda.

-O que você acredita que seduz de você?
Que eu me mostre como sou. Sei que tenho muitas coisas pela frente para trabalhar e não acredito que "já está" somente porque duas ou três coisas que fiz estiveram mais ou menos boas.

Fonte:La Nación/Tododecris
Tradução e adaptação: Fã Clube Casi Angeles

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