8 de outubro de 2012

Os anjos de Cris Morena dizem adeus!

Teen Angels dará no Orfeo seu show de despedida, esta segunda-feira. “É como um bônus track”, coincidem os jovens, que colocam um ponto final a parte de sua história. Os Teen Angels chegam precedidos por uma caravana de fãs que conhece o itinerário do grupo mais que os mesmos artistas.


Estão na porta do hotel, na porta da rádio, atrás da combi nas ruas, na porta do diário; e quando os veem se atacam –com respeito, de todos os modos- em busca de beijos, fotos, abraços, autógrafos ou  presentes. Ou tudo junto.


Cada um tem seu favorito, embora queiram a todos e os chamam pelo nome, o sobrenome ou o apelido com tom de certa histeria adolescente e amor incondicional. “Tachoooo te amo”,” te quero Laliiiii”, “amo Lanzani”, “Rocío, você é uma deusa”, “Gastónnnnn”.

Os cinco sorriem, abraçam, posam, conversam e recebem as oferendas com bom humor; depois, detrás da porta, quando desligam as câmeras, continuam igual. Não há Teen Angels para uma vitrine e Teen Angels caseiro. “Este é um bônus track”, coincidem os cinco de visita na redação sobre o show que darão na segunda no Orfeo e com o qual dizem adeus de verdade.

Será a última parada do grupo que surgiu e logo ficou independente da série televisiva Casi ángeles, após muitíssimos shows, seis discos, várias temporadas na TV e projetos individuais que começaram timidamente, mas que agora se converterão nos próximos passos.

Mariana “Lali” Espósito toma a palavra. “Espero que a profissão volte a nos juntar, além da vida. É um desejo, porque não é que terminamos esta etapa por algo mau ou porque o público deixou de estar conosco. A gente nos pergunta por quê o fazemos”, disse.

Por quê, então? “É simplesmente por crescer, avançar e ver o que vem depois disto que nos passou. Quando as coisas duram tanto tempo, é bom tomar a decisão de terminar, inclusive em um bom momento, e provar coisas novas. Deixar de estar tão cômodos, que é muito bom, e no melhor lugar no qual podíamos estar”, completa a ideia.

Nicolás “Tacho” Riera acrescenta que nestes últimos anos lhe deram “muita importância na parte musical, e a parte da atuação está pedindo mais atenção. Estamos todos com projetos e ideais novas para seguir”, disse. Ele e Rocío Igarzábal estão atualmente em Dulce amor, uma das ficções mais exitosas desta temporada.

Extra, extra
Este plus cordobês, a despedida no Orfeo é, para todos “um presente” que lhes chegou, que lhes provoca “uma mistura de ansiedade, emoção... e tristeza”. Gastón Dalmau acrescenta: “Foram seis anos de nossas vidas, nos quais aprendemos muito. Estamos felizes porque nossas carreiras e nossas vidas continuam e começamos uma nova etapa com expectativas e todas as energias, mas ao mesmo tempo deixamos de lado algo que marcou basicamente nossas vidas”.

Rocío, que ingressou para substituir María Eugenia “China” Suárez, disse que é difícil pensar que parte lhes tira mais, de cara ao futuro. “Começando com Cris (Morena), você cultiva a paixão e o amor por tudo artístico, seja atuação, música, teatro, dança. Gostamos de tudo”. “Tacho” descreve a situação com humor: “Gravar, fazer shows, sair em turnê, teatro. É como vir à colimba. Agora, fazendo só Dulce amor, nos parece pouco”.

Ao longo dos anos, asseguram que nunca se cansaram dos fã nem do peso do sucesso. “Ao contrário, isso é o que nos fez seguir com vontade”, disse Peter Lanzani. “Obviamente, nós queríamos responder à gente também sempre, desde o palco ou fora; é parte do jogo”.

Embora digam que a fama não os mudou, reconhecem que têm que escolher mais que antes a que lugares ir. “Os shoppings não são um bom lugar”, explicam, e coincidem em que ir ao cine num sábado às quatro da tarde seria para ficar louco.

Mas, mais além disso fazem a vida mais normal possível: “Se não vou ao supermercado comprar morro de fome... Quem vai comprar as coisas?”, ri Lali, embora seguramente haja uma lista enorme de candidatos para ajudá-la. “Por sorte não nos passa como quando Carina Zampini fazia de vilã e queriam pegá-la na rua”.

O público os acompanhou ao longo destes seis anos. “Nós os vimos crescer e eles a nós. Os acompanhamos durante todo o secundário. Nos fogões cantam cancões nossas, é uma loucura. Eu cantava Presente”, disse Gastón, o mais velho do grupo (32).

Para sempre
“Por mais que façamos outras coisas e nosso perfil profissional mude, sempre vamos ser os Teen Angels”. A frase soa contundente. A disse um, mas representa o que todos sentem neste momento em que o adeus está tão próximo.

Olhando para trás, eles lembram o começo no qual jamais poderiam imaginar o que lhes tocou. “No primeiro ano ganhava o adversário, Patito Feo. Mas Cris tinha uma ideia e queria ir para esse lado e seguiu. Isso serviu para que no segundo ano a história tivesse seu voo e fomos vivendo o momento a momento e dia a dia. Tampouco estava pensado fazer uma banda, mas quando o armamos pegou e continuamos no ano seguinte. Teen Angels é algo muito importante para muita gente”.

Rocío lembra da série com carinho e, especialmente, destaca que Casi ángeles buscou “transmitir algo mais. Os temas acompanharam gente de qualquer idade em momentos importantes; temas com peso próprio, que nós transmitimos. É bom deixar uma mensagem”.

“Lali” acrescenta que isso foi o que fez o programa diferente. “Não era mais uma tira de jovens no qual este gosta deste e esta desta, esse não era o conflito; quem viu o programa se viciou porque Cris e a equipe queriam contar histórias diferentes, abordar temas como o espiritual, falava de portais, de magia. Ás vezes, até as mães se ligavam”.

Em resumo, Casi ángeles, para eles, foi uma forma de mostrar todas as coisas que acontecem na vida dos adolescentes, com alegrias, tristezas, amor. “Tem que saber que você não está sozinho”. As vidas dos cinco poderiam ser parecidas às que se veem em tantas séries e filmes nos quais os jovens sonham se converter em estrelas e conseguem.

Mesmo assim, eles o vivem diferente. “Lali” disse que desde dentro, não o viverão assim. “É estranho, mas vê Justin Bieber e como o tiram em cima e essas coisas. Não acontece a nós, ás vezes, mas desde este lado não se sente assim, não se toma tanta consciência”.

Guardarão algo de tudo o que lhes presenteiam seus fanáticos? Muitíssimo, dizem. Gastón está para se mudar e tem caixas e mais caixas de lembranças. “Lali” e Rocío comemoram especialmente as fotos. “Se não te presenteiam, muitas vezes não as vemos, não sabemos como se vê o espetáculo. Nos salvam um grande trabalho! Por aí nos dão o livro com as fotos dos diferentes anos, a história, as viagens, cada show. Se dão um trabalho bárbaro”.

Quem lançará o primeiro disco solista? Ninguém responde. “É um bom passo seguinte para qualquer dos cinco. Todos estamos fazendo coisas, temas, por separado, mas não sabemos aonde vamos chegar”.


Fonte: TodoTeenAgels/Teen Angels Amores

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