Anjos da Paixão - Episódio 33 "Venenos e descobertas"

No capítulo anterior (veja completo clicando aqui)

Stefano: Com licença... – abrindo a porta – Peter, tem uma visita pra você...

Peter: Não estou preparado para receber ninguém agora.

Lali: Podemos conversar? – entrando no quarto

“Não podia acreditar, mesmo depois que tudo que havia passado, não conseguia olhar ter raiva de Lali. Somente pelo motivo de vê-la deixava meu coração disparado, com um enorme desejo de esquecer de tudo e beijá-la como se não houvesse amanhã. Mas tive que resistir aos meus instintos”

Bruna: Stefano, preciso da sua ajuda na minha lição de matemática.

Stefano: Mas porque eu? Peter pode te ajudar...

Bruna: Stefano! – tentando demonstrar o verdadeiro motivo.

Stefano: Ah sim – sorri – Claro que sim maninha, eu te ajudo.

“Bruna e Stefano saem do quarto e nos deixam a sós. Evitei olhar detalhadamente á Lali, para que meu disfarce não desse errado.”

*Narração de Lali*

“Me partia o coração vê-lo daquela maneira. Sua expressão era de rude, tentando esconder sua mágoa... E obviamente motivos não faltavam. Pensei nas palavras antes de dizê-las, evitando assim outro desentendimento.”

Lali: Sei que não quer me ver nem em foto, mas, tem coisas que precisamos esclarecer.

Peter: Continue... – sem dar muita importância.

Lali: Sei que o que você viu pareceu uma traição, mas não era. Pablo me beijou á força não pude contê-lo.

Peter continuou em silêncio.

Lali: Sei que você está bravo comigo, em seu lugar eu estaria. Mas por favor confie em mim!

Peter: Não sei se posso... – desviando os olhos

Lali: Olhe nos meus olhos, veja se estou mentindo. Se mesmo assim você não acreditar, eu irei te entender.

Peter: Seus olhos são como um veneno para mim. Quando olho pra eles fico totalmente hipnotizado, por favor, não me faça com que eu os encare. – continuando a olhar para o nada.

“Dita em outras palavras, aparentava que Peter não queria mesmo explicação alguma. Era como se eu fosse a vilã. Não encontrei outra maneira de tentar explicar á ele, então decidi não ficar mais ali vendo-o me olhar com raiva e desprezo. Me levantei da cama e fui até a porta...”

Peter: Me perdoe! – disse em voz alta

Me virei afim de explicações

Peter: Perdão pelo que te disse, é que não resisto ao encanto dos seus olhos, sua boca, sua perfeição... Me perco quando te olho, me desconcentro. Assim eu jamais vou saber quando você me diz a verdade ou mente. – levantando-se

Lali: Mas pelo que você conhece sobre mim, depois que eu confessei o que sentia por você, ainda acredita que sou capaz de te trair?

Peter: Não é você Lali, é ele...

Lali: Porque odeia tanto o Pablo?

Peter: Eu o conheço desde a infância e sei a verdadeira figura que ele é. Não é flor que se cheire, nem menos que beije. – jogando uma indireta.

“Confusões, problemas... todos eles incluiam Pablo na história. Percebi que tinha decifrado uma parte do enigma: Pablo realmente era má influência...”

Lali: Conte-me mais sobre ele – interessada – falaremos amigavelmente, nada mais.

Peter: Tem certeza que está pronta para conhecer o outro lado dele, e o meu?

Lali: Quero soluções, quero te entender. E acho que buscando respostas é um bom começo. Não sei se estou pronta, mas quero tentar...

Peter: Bom... Eu e Pablo éramos muito amigos, como unha e carne. Mas essa amizade teve um fim quando ele traiu minha confiança.

Lali: E como foi?

Peter: Éramos muito moleques, fazíamos travessura todo o instante. Uma vez fomos junto com mais colegas á uma cachoeira para passar o tempo. Porém um de nossos amigos, Ulisses, se afogou na água e faleceu. Levamos o garoto até os pais dele, e quando eles pediram a explicação do que tinha acontecido, Pablo me acusou de ter matado Ulisses. Desde aquele dia em diante, eu não confiei em mais nada vindo de Pablo, pois sabia como ele realmente era. Esse é o motivo de odiá-lo.

Lali: Mas os pais do garoto acreditaram que você era o culpado?

Peter: Por incrível que pareça, todos os demais amigos que estavam na cachoeira, concordaram com Pablo. Fiquei mal falado por um longo tempo.

“Tantas vezes julgava Peter por ele não se dar bem com meu amigo. Pensava ser uma coisa boba de ciúme adolescente, mas logo descobri que era muito mais que isso. Como Pablo poderia ter sido tão cruel com Peter de acusá-lo, sendo tinha sido um acidente. Descobri que isso era o que via nos olhos de Peter, sabia que dentro deles tinham algum sofrimento oculto...”

Lali: Nossa, não sabia que Pablo era assim... – preocupada.

Peter: Agora me entende, não é? – aliviado- Você não é obrigada a me amar, quero te ver feliz não importa que seja  comigo. Pode ser com qualquer pessoa deste mundo, menos Pablo. Tenho medo do que ele pode te fazer, esquecer de quem você é e ainda acabar te... – respira fundo – acabar te matando. Eu juro que não vou suportar

Peter começa a chorar e coloca as mãos no rosto.

Lali: Olhe para mim – tirando as mãos dele – eu “jamais” te deixarei nessa vida, nem por Pablo. Sabe por que? Porque eu te amo, só você é o dono do meu coração.

“Um tímido sorriso tomou conta de Peter, nos aproximamos lentamente, meus lábios estavam prestes a tocar nos dele...”

Continua...

*Peço desculpas pela demora*